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Artigos › 06/06/2014

As crianças precisam de tempo para brincar

Brincar é o trabalho das crianças”, afirmou a pedagoga Maria Montessori há várias décadas, querendo dizer que a brincadeira é a atividade básica da criança, tão ou mais importante que o trabalho para o adulto. Estudos recentes revalidam esta teoria e mostram que alguns pais deixam cada vez menos tempo para que seus filhos aprendam brincando.

Ficou evidente que a grande maioria dos adultos organiza o tempo dos seus filhos deixando pouco ou nenhum espaço para brincar dentro de sua apertada agenda diária. Além disso, os estudos mostram que as criançasmenores de 3 anos brincam aproximadamente de duas a três horas por dia, mas que, a partir dos 9 anos, alguns pais costumam considerar que seus filhos já são grandes demais para brincar e incentivam o abandono das brincadeiras. Os especialistas criticam este fato e advertem aos pais que “brincar não é perder tempo”, pois as crianças “precisam brincar mais para alcançar um desenvolvimento pleno”.

Estes resultados nos convidam a aprofundar na importância dabrincadeira no desenvolvimento psicopedagógico do ser humano, entendendo por “brincadeira” a atividade lúdica que acontece na infância e que exclui as novas tecnologias.

Qual é o significado da brincadeira para a criança?

Para as crianças, a brincadeira não é uma atividade meramente recreativa, mas uma necessidade para o desenvolvimento do pensamento, da imaginação, da linguagem e da socialização, para a construção da identidade e aquisição de uma série de habilidades que serão necessárias na vida adulta.

Por meio da brincadeira, a criança desenvolve sua capacidade intelectual. Vygotsky, famoso por sua teoria da aprendizagem, oferece uma importante contribuição, ao explicar que a criança, por meio dabrincadeira, vai construindo a definição funcional dos conceitos e, com isso, vai desenvolvendo o pensamento abstrato e a capacidade de levar a cabo escolhas conscientes.

Por meio da atividade lúdica, a criança conhece e explora o mundo. Abrincadeira possibilita a identificação dos papéis e a dinâmica das diversas situações vividas na esfera real; também ajuda a compreender as normas da vida em sociedade.

Fernando Peñaranda, médico e especialista em desenvolvimento educativo e social, explica: “A criança aprende, assim, os valores, regras, convenções e, em geral, a cultura. Por outro lado, a vontade e hábitos como a perseverança são adquiridos mais facilmente na brincadeira, em comparação com os esforços mais complexos, como os requeridos para as tarefas escolares”.

Outro dos argumentos a favor da brincadeira é sua contribuição para a construção da identidade: “É preciso dedicar tempo e espaço para que ascrianças sejam elas mesmas, para que se descubram em longos períodos de ócio e fantasia, para que possam pensar por conta própria, desenvolvendo sua criatividade. São os momentos nos quais se constroem os alicerces da formação da vida interior e da autenticidade”, acrescenta Fernando.

brincadeira é também o cenário por excelência no qual as criançasrealizam seus primeiros intercâmbios sociais com seus colegas, nesta maravilhosa experiência na qual vivem os valores característicos da interação humana, como a generosidade, solidariedade, respeito, autocontrole, tolerância, entre muitos outros.

Mais tempo para brincar

O desafio, então, é entender que a brincadeira é uma atividade indispensável para o desenvolvimento da criança, não só no âmbito físico, mas também emocional. Por isso, os pais precisam considerar o ato de brincar como algo de suma importância na vida dos seus filhos, dando-lhes espaços generosos todos os dias para este fim, sem jamais achar que a brincadeira é uma perda de tempo.

Rádio Maristela


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